O Brasil é um país que possui grande extensão territorial (8.514.876 Km2), sendo considerado um país continental. Essa grande área já passou por diversas divisões administrativas. O Tratado de Tordesilhas (1494) foi o primeiro responsável por uma divisão no território que hoje corresponde ao Brasil, na qual a porção leste ficou sob domínio de Portugal e a porção oeste pertencendo à Espanha.
Outra divisão ocorreu com as Capitanias Hereditárias (1534), que consistiu na
fragmentação do território brasileiro em quinze faixas de terra. Numa
alternativa de administração territorial, o império português disponibilizou a
algum membro da corte que fosse de confiança do Rei, uma das capitanias. Os
donatários deveriam governar e promover o desenvolvimento da capitania na qual
se tornasse responsável.
Posteriormente, com o intuito
de adaptar às características econômicas, culturais, físicas e sociais dos
Estados em uma mesma região, o território nacional passou por diversas regionalizações.
Essa
proposta de divisão regional do Brasil surgiu para ser utilizada no ensino de
geografia. Os critérios utilizados foram apenas os elementos – clima, vegetação
e relevo. Dividia o país em cinco regiões:
Setentrional;
Norte
Oriental;
Oriental;
Meridional.
Em 1940, o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) elaborou uma nova
proposta de divisão para o país que, além dos elementos físicos, considerou os
aspectos socioeconômicos. A região Norte era composta pelos estados do
Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí e pelo território do Acre. Goiás e Mato Grosso
formavam com Minas Gerais, a região Centro. Bahia, Sergipe e Espírito Santo
formavam a região Leste. O Nordeste era composto por Ceará, Rio Grande do
Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do
Sul, São Paulo e Rio de Janeiro pertenciam à região Sul.
De acordo
com a divisão regional estabelecida em 1945, o Brasil passou a ter sete
regiões: Norte, Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Centro-Oeste, Leste
Setentrional, Leste Meridional e Sul. Na porção norte do Amazonas foi criado o
território de Rio Branco, atual estado de Roraima; no norte do Pará foi criado
o Estado do Amapá. Mato Grosso perdeu uma porção a noroeste (batizado como
território de Guaporé) e outra ao sul (chamado território de Ponta Porã). O
Sul, Paraná e Santa Catarina foram cortados a oeste, criando o território de
Iguaçu.
Ponta Porã e Iguaçu foram extintos, e os Estados do Maranhão e do Piauí
passaram a integrar a região Nordeste. Bahia, Sergipe, Minas Gerais, Espírito
Santo, Rio de Janeiro formavam a região Leste. Brasília foi criada em 1960, e o
Distrito Federal, capital do país, foi transferido do Sudeste para a Região
Centro-Oeste. Em 1962, o Acre tornou-se estado autônomo e o território de Rio
Branco recebeu o nome de Roraima.
Em 1970, o Brasil recebeu o desenho regional atual. Foi criada a região
Sudeste, composta pelos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, sendo agrupados
a Minas Gerais e Espírito Santo. O Nordeste recebeu Bahia e Sergipe. Todo o
território de Goiás, ainda não dividido, pertencia ao Centro-Oeste. Mato Grosso
foi dividido alguns anos depois, dando origem ao estado de Mato Grosso do Sul.
A
regionalização atual é de 1970, adaptada em 1990, em virtude das alterações da
Constituição de 1988. Com as mudanças realizadas, ficou definida a divisão
brasileira que permanece até os dias atuais. O Estado do Tocantins foi criado
após o desmembramento do norte de Goiás e incorporado à região Norte; Roraima,
Amapá e Rondônia tornaram-se estados autônomos; Fernando de Noronha deixou de
ser federal e foi incorporado ao estado de Pernambuco.
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