quinta-feira, 5 de novembro de 2020

O Brasil e o mundo - 7º ano Geografia

O Brasil em um Mundo Globalizado

Por ser um país integrado a economia mundial capitalista e com conexões culturais com diversos países do mundoo Brasil está participando nas atividades do mundo globalizadoO Brasil possui uma economia aberta ao mercado internacional, ou seja, nosso país vende e compra produtos de diversos tipos para diversas nações.

Como o Brasil tem procurado se desenvolver em meio a um mundo totalmente globalizado. Que medidas o Brasil adota, para se expandir economicamente? Existe multinacionais brasileiras? Não é de agora que o Brasil apresenta transformações tecnológicas que se manifestam na sociedade brasileira. Mas foi desde 1990 que a globalização teve maior impacto. Nesse período a economia brasileira passava por uma série de crises: déficit público elevado; escassez de financiamento para atividade produtiva e para ampliação de infraestrutura; inflação; no final da década de 80 a inflação chegou a 80% ao mês, e os preços subiam diariamente. No início da década de 90, o Brasil passa a adotar ideias liberais, abrindo o seu mercado interno, criando maior liberdade para a entrada de mercadorias e de investimentos externos, derrubando assim, algumas barreiras protecionistas. A ideia era ter o capital estrangeiro como ajuda para retomar ao crescimento econômico. Alegava-se que a economia ia ser beneficente para as empresas nacionais, estimulando o desenvolvimento e recuperar atrasos em alguns setores. Esperava-se, que a economia brasileira fosse mais competitiva, em a ajuda de subsídios e protecionismo.

Subdesenvolvimento

 O subdesenvolvimento se caracteriza por problemas sociais e econômicos no interior de um país. Mas nem todos os países subdesenvolvidos são iguais entre si. Alguns tem elevada capacidade de produção e atraem investimentos do exterior, como é o caso do Brasil. Outros estão praticamente excluídos da ordem econômica mundial e depende de ajuda humanitária para a sobrevivência da população. Isso mostra que o processo da globalização tem sido bem diferentes entre os países ricos e os pobres, sendo que a pobreza tem aumentado até em países ricos. Apesar de a globalização ter acentuado os problemas nos países do Norte, tem sido bem mais grave nos países do Sul, que possuem recursos limitados. As diferenças entre os países do mundo atual são enormes. Os países do G8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Canadá) são responsáveis pela produção de cerca de 56% de toda a riqueza do mundo. Todos os outros países, aonde vivem 85% da população, produzem os 44% restantes. Essas diferenças socioeconômicas tendem aumentar a cada ano com o desenvolvimento técnico-científico acelerado e concentrado nos países desenvolvidos. Segundo o Relatório de 2002 do Estudo de População das Nações Unidas, cerca de três milhões de pessoas vivem com menos de três dólares por dia.

Esta charge retrata bem a situação de muitas pessoas em países pobres 

 O desenvolvimento tecnológico é bem importante para o processo de globalização, e o Brasil no início do século XXI ocupava a 43° posição do ranking de conquistas tecnológicas. O Consenso de Washington refere-se a um conjunto de ideias criadas, em 1989, visando ajudar no desenvolvimento da América Latina. O economista John Willianson reuniu o consenso de alguns pontos principais propostos pelas grandes instituições financeiras. De acordo com o Concurso de Washington, os países teriam de: 

- Diminuir a dívida do governo, para isso promover o corte de salários e demissões dos funcionários públicos em excesso, e realizar mudanças nas leis trabalhistas, na previdência social, e na aposentadoria.

- Promover uma reforma no sistema de arrecadação e atribuição de impostos, para que as empresas pagassem meios e tivessem mais chance de competitividade.

O Consenso de Washington também propunha a abertura comercial, o aumento de facilidades para saída e entrada de capitais, e a privatização de empresas estatais.

Seguir as sugestões do Consenso não eram obrigatórias, mas eram necessário cumpri-las para receber ajuda financeira externa e atrair capitais estrangeiros.

 Abrindo a Economia no Brasil

Foi por volta de 1990 que o Brasil reduziu os impostos de importação, e os produtos importados passaram a entrar de forma bem ampla no mercado brasileiro. A oferta de produtos cresceu, e os preços permaneceram os mesmos ou caíram; esses produtos importados passaram a tomar o espaço das industrias nacionais, que foram obrigadas a fechar. A balança comercial acumular déficits por vários anos no decorrer de 1990. O governo, também, passou a incentivar por meio de incentivos fiscais e privatização das empresas estatais, os investimentos externos no Brasil. Com a rapidez da abertura da economia brasileira, muitas empresas nacionais não se adaptaram a nova regra: “é melhor vender do que falir”. Em apenas uma década as multinacionais dobraram sua participação na economia brasileira, passaram a comprar algumas empresas nacionais ou se associaram a elas.

As multinacionais investem principalmente em tecnologia, contribuindo para a geração de cortes de empregos. De uma maneira geral, nos setores em que ocorreu a privatização, diminuíram os empregos e as condições de trabalho pioraram. Na mesma proporção da abertura do mercado o desemprego aumentou, e a possibilidade de voltar ao mercado de trabalho fica cada vez mais distante, pois as vagas vão sendo preenchidas pelas novas tecnologias de produção e sistemas informatizados. Mesmo com a abertura de postos de trabalho em setores que mostraram crescimento, como turismo, publicidade, telefonia, não compensaram os que foram fechados. Poucos países adotaram amplamente as ideias neoliberais, e ingressaram de foram plenas no processo de globalização. Isso ocorreu penas em alguns países da América latina, como por exemplo o Brasil. Outros países, como a China e Índia, preferiram mais restrita e gradual, exigindo a instalação de indústrias em setores estratégicos e em associações com empresas nacionais.

A partir do final do século XX, as mudanças estão sendo tão intensas que trabalhadores e empresas ainda estão tentando se adaptar a nova realidade. A privatização das empresas permanecia no centro dessas mudanças. Mas outras mudanças ocorriam no Brasil, como a concessão para explorar os sistemas de transporte, o fim da proibição da participação de empresas estrangeiras nos setores de comunicações e o fim do monopólio da Petrobrás para exploração de petróleo. Alegavam que as empresas estatais estavam endividadas, e só davam prejuízos, sobrevivendo apenas com a ajuda de subsídios do governo. Em alguns casos essa afirmação era verdadeira, mas em outras não, e foi nessas que ocorreram as maiores privatizações. Como por exemplo, o Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional, que, apesar de terem altas dívidas, davam bastante lucro ao Brasil, e tinham condições de cumprir os seus compromissos financeiros. 

A privatização sofreu inúmeras críticas. Por exemplo: parte do dinheiro foi emprestado pelos cofres públicos, para a privatização, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, para atrair compradores, pagar as dívidas das empresas, elevou-se as tarifas de telefonia e energia. Com a privatização de setores estratégicos, o Brasil, passou a se caracterizar por um processo de desnacionalização da economia. Em meados do século XXI, entre as 500 maiores emersas do mundo, 400 estavam instaladas no Brasil. A ampliação das empresas estrangeiras, e da presença do capital estrangeiro não ajudou em elevar as taxas de crescimento econômico. O que ocorreu foi simplesmente a substituição da empresa nacional pelo capital estrangeiro.

 Multinacionais brasileiras

As empresas brasileiras também têm participação em investimentos externos, e estão presentes em outros países. Em uma década o número de empresas brasileiras em outros países elevou 500%. Em 2001, havia 350 empresas instaladas no exterior. Apesar desse aumento da participação do Brasil no comércio mundial, ela continua sendo reduzida. A participação do Brasil representa cerca de 1% de todas as transações que ocorrem no mundo. As exportações brasileiras são: café, açúcar, minério de ferro e outros produtos que possuem baixo valor comercial. Por outro lado, as importações do Brasil são bens de consumo de alta tecnologia, e possuem valor elevado. Os produtos brasileiros ainda precisam entrar as medidas protecionistas dos países desenvolvidos. Por exemplo: a agropecuária, que se tornou bem competitiva, tem dificuldades para entrar nos Estados Unidos, Japão e União Europeia. Nesses países os produtos recebem taxas até ficaram com um preço elevado, e os agricultores locais recebem subsídios que são proibidos pelas regras da OMC.

 O Brasil no Mercosul

 As relações comerciais entre do Mercosul, tiveram avanços e vários projetos de infraestrutura, que começaram a ser desenvolvidos com o aumento desse mercado. Os países que fazem parte do Mercosul, representam cerca de 42% da população da América do Sul, e mais da metade do valor da economia que é produzida nesta parte do continente. Junto com a Bolívia, que teve participação no Mercosul como membro-associado a uma zona de livre comercio, o Brasil construiu o maior gasoduto da América latina, que liga a Bolívia aos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Em 1999, passou a surgir algumas divergências entre Brasil e Argentina. Devido à crise econômica, principalmente na Argentina, fez com que o comércio dentro do bloco sofresse uma queda. Apesar de ser uma união aduaneira, o Mercosul, tem apresentado ser semelhante a uma integração de uma zona de livre comércio.



O Brasil e o BRICS

Em 2001, o economista britânico Jim O ‘Neil formulou o acrônimo "Bric", utilizando as iniciais dos quatro países considerados emergentes, que possuíam potencial econômico para superar as grandes potências mundiais em um período de, no máximo, cinquenta anos.

A partir de 2006, o grupo passou a ser um mecanismo internacional, quando o Brasil, Rússia, Índia e China decidiram dar um caráter diplomático a essa expressão na 61º Assembleia Geral das Nações Unidas. Em 2009, os encontros passaram a ser anuais e a contar com a presença dos chefes de Estado e governo.

Até o fim desta década, os Brics devem alcançar um PIB combinado de US$ 25 trilhões, segundo projeção do criador do termo, Jim O'Neill.

Os maiores avanços foram em temas de saúde. Desde janeiro, os cinco países lançaram as bases para uma rede de bancos de leite humano – tema no qual o Brasil é referência mundial. Também há esforços para a pesquisa integrada de diagnósticos e medicamentos de combate à tuberculose.

Na área econômica, uma das principais ações foi a criação, em 2014, do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco do Brics, com o objetivo de aumentar o investimento em infraestrutura e desenvolvimento sustentável nas economias emergentes.

 

https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/11/13/entenda-o-brics-grupo-formado-por-brasil-russia-india-china-e-africa-do-sul.ghtml

 

 













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